1. Apresentação
Com início em agosto de 2019, o projeto visa publicar, integralmente, no Brasil, a obra original americana “Our Bodies, Ourselves” (OBOS) em três volumes. O título da tradução será “Nossos corpos por nós mesmas” até o ano de 2022. Na execução do projeto, duas grandes áreas do conhecimento são implicadas: a área da tradução e a área da saúde. Cabe às professoras Érica Lima e Janine Pimentel a coordenação das equipes de tradução do OBOS na Unicamp e na UFRJ, respectivamente. Já a produção de conteúdo e adaptação do livro para a realidade brasileira, referente a aspectos médicos e legais, está a cargo das equipes de do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde de São Paulo, representado por Raquel Pereira. Contamos também com a contribuição de especialistas de diversas outras áreas do conhecimento no trabalho de adaptação.
2. Documentos
Existem vários documentos sobre o projeto. Alguns são oficiais (acordo de cooperação acadêmica, autorização para traduzir o livro, etc) e podem estar redigidos em português e/ou em inglês), enquanto outros são extraoficiais e tratam de assuntos ligados ao processo de tradução.
3. Divisão dos Capítulos
No segundo semestre de 2019, foram traduzidos onze (11) capítulos:
1 – Female bodies (Unicamp);
3 – Body image (UFRJ);
9 – Birth control (Unicamp);
10 – Safer Sex (Unicamp);
11 – Sexually transmitted infections (UFRJ);
12 – Unexpected pregnancy (Unicamp);
13 – Abortion (UFRJ);
14 – Considering parenting (UFRJ);
20 – Perimenopause and menopause (UFRJ);
24 – Violence against women (Unicamp);
25 – Environmental and occupational health (Unicamp).
No primeiro semestre de 2020, foram traduzidos oito (8) capítulos:
2 – Intro to Sexual Health (Unicamp);
4 – Gender Identity and Sexual Orientation (Unicamp);
5 – Relationships (UFRJ);
6 – Social Influences on Sexuality (UFRJ);
15 – Pregnancy and Preparing for Birth (UFRJ);
16 – Labor and Birth (Unicamp);
22 – Selected Medical Problems (Unicamp);
23 – Navigating the Health Care System (UFRJ).
No primeiro semestre de 2021, foram traduzidos oito (8) capítulos:
7 – Sexual pleasure and enthusiastic consent (UFRJ);
8 – Sexual changes (UFRJ);
17 – The early months of parenting (Unicamp);
18 – Miscarriage, stillbirth and other losses (Unicamp);
19 – Infertility and assisted reproductive technologies (UFRJ);
21 – Our later years (Unicamp);
26 – The politics of women’s health (Unicamp);
27 – Activism in the 20th century (UFRJ).
4. Smartcat
A tradução do OBOS é feita através de um tipo de ferramenta informática chamada “memória de tradução” que registra as traduções feitas pelas tradutoras e apresenta, em projetos de tradução futuros, segmentos textuais similares já traduzidos. Com isso, tradutoras poderão aproveitar as traduções que já produziram antes, contribuindo para um ganho em tempo e qualidade.
Para este projeto, a ferramenta escolhida chama-se Smartcat. Trata-se de uma ferramenta gratuita que funciona online e está disponível em https://us.smartcat.ai. No decorrer do projeto, algumas tradutoras quiseram experimentar outras memórias de tradução diferentes e escolheram o Trados.
A ferramenta Smartcat oferece recursos de tradução automática cujo uso é opcional. Os elementos do grupo que preferem não fazer uso do recurso de tradução automática consideram que a tradução automática requer da tradutora e do tradutor constantes ajustes e cuidado adicional com questões de estilo. Além disso, há questões éticas e legais associadas a estes recursos, pois o uso destes implica autorização tácita para a coleta das soluções tradutórias finais em cada segmento por parte do provedor da tradução por máquina. Essa barganha parece muito mais vantajosa para o mecanismo do que para tradutoras e tradutores, particularmente como classe profissional.
Outros integrantes do grupo preferem utilizar os recursos de tradução automática, pois gostam da forma rápida com a qual o texto traduzido é acrescentado, deixando tempo para os tradutores corrigirem e refletirem sobre as decisões de tradução presentes em cada segmento.
5. Diagramação no Smartcat
Os arquivos Word que foram incluídos na ferramenta Smartcat foram recebidos pela OBOS em Boston em agosto de 2019 e trazem uma formatação com características de publicação (diagramação). Essa diagramação causa alguns problemas na hora de segmentar os trechos do texto na ferramenta Smartcat. Por exemplo:
Enter your zip code and it will produce a list of nearby clinics that perform tests for HIV and other STIs, with detailed (e a continuação da frase não aparece no segmento seguinte)
Em outros casos, alguns segmentos não estão na ordem correta do texto. Aparecem segmentos de páginas completamente diferentes no meio da parte correta e, depois de alguns segmentos, se encontra a continuação do texto que você estava originalmente traduzindo.
Em relação às tags que se observam na tradução através da ferramenta Smartcat e que estão inseridas por causa da diagramação de separação de palavras, concluiu-se que não é necessário mantê-las em português porque a diagramação da tradução será diferente.
6. Glossário
Os termos da área da medicina e da saúde da mulher podem levantar algumas dificuldades de tradução. Por exemplo, “HAV immune globulin”. É recomendável compilar um glossário que faça parte da ferramenta Smartcat com termos validados pelos especialistas que fazem parte da equipe (ver documento “Organizational Chart”). Para isso, existe uma planilha disponível no Google Docs que a equipe podemos preencher e encaminhar aos especialistas. Assim que eles validarem os equivalentes dos termos, estes poderão ser adicionados ao glossário.
7. Guia de estilo
A equipe preparou ao longo do trabalho um guia de estilo em busca de uma padronização na escrita, seguindo os manuais de escrita do Português-BR e a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e mantendo o nosso compromisso de utilizar uma linguagem inclusiva e voltada para o feminino por se tratar de uma obra de cunho feminista.
Entre alguns exemplos de padronização estão o uso de maiúscula e minúscula de acordo com a norma da ABNT, a colocação do símbolo de porcentagem (%) ao invés de escrevê-lo por extenso e o uso de números até o 10 por extenso e a partir do 11 em numeral e não iniciar frases com numerais.
As equipes precisam decidir se vão traduzir ou não título de livros/artigos/filmes/etc que aparecem no texto. Pode-se buscar o artigo e referenciá-lo se já houver o texto traduzido em português. Se existir apenas a versão em inglês, é esperado que se mantenha em inglês e acrescentar “sem tradução”.
Outra questão diz respeito aos valores monetários, em que as tradutoras e os tradutores devem decidir se os valores em dólares serão convertidos ou não.
Foi decidido que o termo violence against women seria traduzido como “violência contra a mulher”, mesmo quando estiver no plural.
Em caso de referências a outros capítulos, sites, estatísticas, informações muito específicas dos EUA, recomenda-se deixar um comentário sobre a possibilidade de haver adaptação para a realidade brasileira.
8. Siglas
Dependendo do contexto, as siglas podem ser tratadas de forma diferente. Algumas siglas precisarão ser substituídas por siglas equivalentes utilizadas no contexto brasileiro, enquanto outras serão mantidas em inglês e uma explicação em português pode ser acrescentada.
Siglas americanas que sejam mundialmente conhecidas como as da rede de televisão BBC e da agência reguladora americana FDA equivalente à agência reguladora brasileira Anvisa podem ser mantidas com uma breve explicação sobre elas. Por exemplo, essa explicação seria:
Enquanto no Brasil temos a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, que regula tudo o que for relacionado à saúde no país, nos Estados Unidos, quem exerce esse papel é a FDA.
No exemplo abaixo, foi mantida a sigla FDA por essa ser amplamente conhecida mundialmente e se tratar de uma informação referente ao contexto americano.
Desde setembro de 2000, quando a FDA (agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos), aprovou a mifepristona, mais de um milhão de mulheres nos Estados Unidos usaram com segurança a combinação mifepristona/misoprostol.
No exemplo seguinte, encontramos três siglas: IST, HIV e aids. Note que a terceira sigla, ao contrário das outras, encontra-se em minúsculas. Tecnicamente, ela não é mais uma sigla, mas sim o nome de uma doença.
Ter uma IST pode tornar uma pessoa mais suscetível a outras infecções, incluindo o HIV (vírus da imunodeficiência humana), o vírus que causa aids.
A seguir, o texto em inglês apresenta duas siglas entre parêntesis sem oferecer a extensão das siglas. Na tradução, uma sigla ficou associada à sua extensão, enquanto a segunda não, por ser possível depreender o significado dela a partir do contexto.
Public-health clinics (also called STI or STD clinics) → As unidades básicas de saúde (conhecidas popularmente como UBS ou ESF) são...
9. Linguagem inclusiva
Veja a seção do site sobre o assunto.
10. Adaptação
Veja a seção do site sobre o assunto.
11. Revisão
O OBOS trata principalmente de questões ligadas ao corpo e a saúde da mulher corpo, portanto, no projeto de tradução, revisão e adaptação, além da adaptação para a realidade brasileira, uma revisão técnica é realizada por médicas do Coletivo Feminista de Saúde e Sexualidade. Porém, uma vez que o livro também aborda outros assuntos importantes como imagem corporal, questões de gênero, ativismo, tabus, preconceito, violência, ambientais, entre outros, especialistas de diversas áreas do conhecimento têm participado da revisão e/ou adaptação.
A revisão da obra ocorre em três etapas. Primeiro, uma revisão é feita após a tradução dos capítulos, depois é realizada uma revisão especializada e, por último, uma revisão final. Desta forma, podemos trazer às mulheres brasileiras um conteúdo traduzido, adaptado e revisado de qualidade e confiança, respeitando os preceitos de uma linguagem feminista e inclusiva que sempre nortearam a proposta do nosso trabalho.
Em um trabalho de escrita, é importante termos um segundo olhar que possa sugerir possíveis ajustes, aprimorando o trabalho de tradução e de adaptação. Desta forma, como mencionado, temos a primeira revisão que dá conta de possíveis ajustes na tradução como também de gramática e ortografia e conta com a supervisão das professoras orientadoras. Em seguida, temos uma revisão especializada que conta com profissionais de diversas áreas do conhecimento que dão conta ainda de adaptações e todo o tipo de contribuições advindas de suas especialidades. E, por último, temos a revisão final que vai alinhar toda a adaptação e revisão, garantindo a homogeneidade e qualidade do trabalho final que fica a cargo da professora Viviane Veras (Unicamp).
12. Reuniões
O projeto de tradução, revisão e adaptação do livro “Our Bodies, Ourselves” conta com reuniões quinzenais e mensais entre as equipes de tradutoras e os tradutores e suas coordenadoras, as professoras Érica Lima e Janine Pimentel, responsáveis pelas equipes de tradução do OBOS na Unicamp e na UFRJ, respectivamente.
Nessas reuniões, são discutidas diversas questões: como deve ser realizada a tradução, as ferramentas a serem utilizadas e como fazer uso destas, quais capítulos a serem trabalhados assim como a divisão destes em equipes menores, além da discussão das questões que surgiram durante o processo de tradução.
No primeiro ano do projeto, no ano de 2019, as equipes da UFRJ e da Unicamp realizavam reuniões quinzenais com as suas coordenadoras, as professoras Érica Lima e Janine Pimentel. Nesse primeiro momento, o projeto foi apresentado à equipe de tradução, que se familiarizou com a proposta do projeto de tradução e com as ferramentas a serem utilizadas e no decorrer dos encontros as tradutoras e os tradutores traziam as suas experiências sobre o trabalho de tradução da obra.
No segundo ano do projeto, são realizadas, mensalmente, reuniões gerais entre as equipes de tradução da Unicamp e da UFRJ que passaram a contar também com os profissionais de diversas áreas do conhecimento e com o Coletivo Feminista de Sexualidade e Saúde. São tratadas a evolução do processo de tradução, as adaptações linguísticas e de contexto brasileiro, questões legais, etapas de revisão, revisão técnica, além dos trâmites para o processo de publicação do trabalho e as metas e prazos a serem cumpridos.
Algumas vezes e dependendo das questões prementes debatidas pelas equipes, ocorrem reuniões temáticas com especialistas sobre essas questões. Um dos especialistas convidados foi o professor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Rodolfo Pacagnella, que falou sobre a questão das interferências médicas e da chamada medicalização. Às vezes, os cuidados médicos podem levar à medicalização, que ocorre quando processos normais do corpo passam como menstruação, parto e menopausa passam a ser vistos como condições médicas que precisam de intervenção médica e monitoramento rigoroso. Alguns depoimentos mostram como as mulheres passavam por esse processo de medicalização:
Tradução: Não aguentava mais a queimação em minha vulva (vulvodínia). Era uma dor excruciante. Isso não apenas inibiu completamente minha vida sexual, mas acabou dominando minha vida, pois eu mal conseguia andar. Como os serviços de saúde e medicina tradicionais não adiantaram (muitas vezes piorando a dor), eu encontrei inúmeras informações online, pessoas no CureTogether e em outras comunidades, com o mesmo problema que o meu. Estando desesperada e usando os sites para comparar meus sintomas com os de outras mulheres, finalmente pude descobrir fatores hormonais estruturais e encontrar tratamentos que funcionassem.
Tradução: É comum querermos confiar e sempre aceitar os conselhos de profissionais da saúde. Embora isso possa parecer reconfortante, você poderá receber melhores cuidados ficando mais informado e fazendo mais perguntas a pessoa profissional da saúde que cuida de você, fazendo com o que o relacionamento de vocês seja uma parceria, sempre tomando decisões de forma conjunta. Um jeito de obter o melhor tratamento personalizado é mudar a maneira com que lidamos com nossa saúde. E isso requer coragem, pois nos gera insegurança e, nem sempre essa mudança é bem vista por profissionais de saúde.
A questão não é estimular automedicação e afastar pacientes das suas médicas e médicos e sim encontrar um equilíbrio entre as intervenções médicas e os processos naturais do corpo dessas mulheres.
Tivemos também a participação do professor Rodrigo Borba da UFRJ, que tratou da linguística queer, do seu uso e das suas implicações. O projeto de tradução, revisão e adaptação do livro “Our Bodies, Ourselves” (OBOS) busca utilizar uma linguagem inclusiva, preferencialmente voltada para o feminino, ou neutra, devido ao seu viés feminista. Borba esclareceu alguns questionamentos da equipe sobre o uso de uma linguagem inclusiva a fim de buscarmos um equilíbrio na escrita assim como demonstrarmos o nosso posicionamento em prol do feminino.
Entre os apontamentos feitos por Borba estão que o termo gender queer (pessoas não binárias) não tem um equivalente no Português brasileiro e que esse seria um termo “guarda-chuva”, ou seja, mais abrangente. Sobre o termo comumente usado na internet, Borba disse preferir os termos LGBT+ e LGBTQ+, que são tão abrangentes quanto o primeiro sem a necessidade de utilizar tantas letras na sigla.
Como exemplos de escolhas linguísticas e adaptações na tradução da versão americana da obra para o Português brasileiro, temos alguns apontamentos feitos pela professora da Unicamp, Érica Lima em uma das reuniões. Em relação às escolhas linguísticas, temos os termos: equipe médica, médica ou médico e profissional da área da saúde (sem artigo ou pronome), com a possibilidade de reestruturar a frase, desde que não haja problema em relação a efeitos de sentido.
Foram apontadas também escolhas linguísticas que deixassem o texto mais natural e fluído como na tradução de “make sure that” em que ao invés de certifique-se, optou-se por termos como “não se esqueça” e “tenha em mente”, por exemplo.
13. Grupo no WhatsApp
Para possibilitar uma rápida interação entre as equipes de tradução da Unicamp e da UFRJ, criamos um grupo no WhatsApp para a troca de informações, sugestões, discussão de questões pertinentes ao trabalho, comunicações em geral, entre outros. O grupo no WhatsApp conta com cerca de 25 integrantes das equipes da Unicamp e da UFRJ.
14. TRADUÇÃO DE PREFÁCIOS
O livro “Our Bodies, Ourselves Transformed Worldwide – A Collection of Prefaces from Culturally Adapted Translations of Our Bodies, Ourselves” foi traduzido por discentes da Unicamp e da UFRJ e publicado pelo IEL (Unicamp). Além disso, a equipe elaborou dois novos prefácios: uma apresentação da coletânea feita pelas professoras e um prefácio assinado pela equipe de tradução composta por discentes de graduação e pós-graduação das duas universidades. Esses prefácios tiveram a sua versão para o inglês elaborada por integrantes da equipe de tradução. O trabalho de produção dos prefácios contou com a supervisão da doutoranda da Unicamp Samira Spolidorio e com a orientação e organização das professoras Érica Lima da Unicamp e Janine Pimentel da UFRJ.
Coletânea em inglês:
https://www.ourbodiesourselves.org/cms/assets/uploads/2015/07/prefacebooklet.pdf
Coletânea traduzida:
https://www.iel.unicamp.br/sites/default/files/iel/publicacoes/OBOS.pdf
15. BIBLIOGRAFIA COMENTADA SOBRE O OBOS
BOSTON WOMEN’S HEALTH COURSE COLLECTIVE. Our Bodies, Our Selves: A Course by and for Women. Boston: New England Free Press, 1971.
Trata-se de uma das primeiras edições do livro.
DAVIS, Kathy. The Making of Our Bodies, Ourselves: How Feminism Travels Across Borders. Durham, NC: Duke University Press, 2007.
Trata da história do feminismo desde a segunda metade do século XX.
CHATTERJEE, Ayesha (ed.) Our Bodies, Ourselves Transformed Worldwide – A Collection of Prefaces from Culturally Adapted Translations of Our Bodies, Ourselves. https://www.ourbodiesourselves.org/cms/assets/uploads/2015/07/prefacebooklet.pdf
Coleção de prefácios de várias traduções do OBOS. Foi traduzida por discentes da Unicamp e da UFRJ e publicado pelo IEL (Unicamp). Ver seção 17 deste documento.
KLINE, Wendy. ‘Please Include this in Your Book’: Readers Respond to Our Bodies, Ourselves. Bulletin of the History of Medicine 79 (2005): 81–110.
…
NORSIGIAN, Judith, and others. The Boston Women’s Health Book Collective and Our Bodies, Ourselves. Journal of the American Medical Women’s Association 54, no. 1 (Winter 1999): 35–39.
…
WELLS, Susan. Our bodies, ourselves and the work of writing. Stanford: Stanford University Press, 2010.
História da organização que ficou conhecida como OBOS. pesquisadora da área da retórica e segue uma teoria chamada “public sphere theory”. Aborda o livro OBOS como produto de práticas de escrita, numa perspectiva de que textos são produtos de uma linguagem que organiza uma “social agency” (p.3). Uma das questões de pesquisa que procura responder é “Can there be a distinctive feminist account of the biology of women?” (p.3). Wells identifica três estratégias textuais no OBOS (p. 12): “authorship is distributed; the text structurally breaches its own frame; the body invoked in the text is reafferent, that is, reflexive and self-referential.”
16. BIBLIOGRAFIA SOBRE TRADUÇÃO E ATIVISMO
BAKER, Mona (ed.). Translating Dissent. New York/London: Routledge, 2016.
BIELSA, Esperanza & HUGHES, Christopher (eds.). Globalization, Political Violence and Translation. New York: Palgrave Macmillan, 2009.
BROWNLIE, Siobhan. Committed approaches and activism. In: GAMBIER, Yves & VAN DOORSLAER (eds.). Handbook of Translation Studies, v. 1, Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 2010.
FERNÁNDEZ, Fruela & EVANS, Jonathan (eds.). The Routledge Handbook of Translation and Politics. New York/London: Routledge, 2018.
RUTH GOULD, Rebecca & TAHMASEBIAN, Kayvan (eds.). The Routledge Handbook of Translation and Activism. New York/London: Routledge, 2019.
TYMOCZKO, Maria. Enlarging Translation, Empowering Translators. New York: St. Jerome Publishing, 2007.
TYMOCZKO, Maria (ed.). Translation, Resistance, Activism. Amherst/Boston: University of Massachusetts Press, 2010.
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